sábado, 29 de novembro de 2008

Porquinho Alegre

De volta de Curitiba, ao olhar a "capital dos gaúchos" (esse título devia ser de Bagé, né?) fico, pelo contraste, com a estupenda pergunta: o que há de errado com o Porco Alegre? Por que fica ele sempre afundando às margens do Guaíba, com a mesma cabecinha de torresmo entre as orelhas enlameadas? Por que não dá pra existir um espaço público sem bandidagem e pirataria, um monumento que não seja depredado, uma construção bonita que não seja pichada, uma praça que não tenha as lâmpadas quebradas? Será que é porque vivemos numa cidade ostensivamente "malandra", com essa magrinhagem infernal de não dar bola para nada que não dê lucro imediato? Sei lá. Não sou psico-sociólogo. Mas certamente há algo de errado na cabeça do Porquinho Alegre.

3 comentários:

Anônimo disse...

A minha aposta é muito individualismo. Pessoas tão egoístas não gostam de investir no que é público e de uso comum.

Pra portoalegrense, lugar público pra passear é o xópim center.

Dnl disse...

acabei de chegar de bsas, uma cidade imunda, e me deparo com porto alegre. pode ter ruas mais limpas, mas é suja na sua aparencia, meio ordinária. parece que nao se leva a sério.

além de todas as outras diferenças mas...

Urubu Antigo disse...

A sujeira em si não é o grande problema. Ouvi dizer que o Grand Bazaar de Marrakech é um lugar imundo, mas cheio de personalidade. Buenos Aires também é suja, mas sabe o que é, e quem vai lá fica sabendo também. Já o Porquinho Alegre foi tão eletrocutado por alguma ideologia boçal que nós temos de neutralizar a nós mesmos, que agora não é mais nada. Andar pelo centro do Porco Alegre é como andar em um lugar qualquer, só que sujo. Às vezes eu acho que a culpa toda é do Julio de Castilhos e do positivismo. Por isso ainda sou maragato.

Mas deixemos de besteira e vamos jogar rpg.